Depois da
afirmação do advogado do goleiro Bruno Fernandes sobre o retorno do ex-atleta à Seleção Brasileira,
o processo para libertação do réu caminhou no Supremo Tribunal Federal (STF).
No fim de dezembro o ministro Cezar Peluso, solicitou ao Tribunal do Júri de
Contagem mais informações sobre o Caso Bruno para juntar ao processo e avaliar
o pedido de habeas corpus impetrado pelo defensor Rui Pimenta. Nessa
terça-feira, o STF recebeu o documento com esses dados complementares e agora
deve decidir se Bruno deixará a Penitenciária Nelson Hungria, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo
com Pimenta, o ministro tem duas opções. Ele pode conceder uma liminar imediata
libertando Bruno ou aguardar parecer da Procuradoria Geral da República e
enviar o julgamento do habeas corpus para a Corte. O advogado do goleiro
acredita que Peluso não vai optar pela primeira alternativa, essa escolha seria
uma surpresa, conforme o defensor.
Porém, se o
habeas corpus for avaliado pela Corte, o advogado se disse otimista. Eu tenho
certeza, não falo absoluta, mas é 99,9% de chance que Bruno será solto. Tive
cuidado em fundamentar os argumentos do habeas corpus em casos que a Corte que
já concedeu liberdade, conclui Pimenta.
Além tentar
soltar Bruno, o defensor quer o desmembramento do processo e julgá-lo separado
dos outros réus. O ex-atleta é acusado junto com outras oito pessoas pelo
desaparecimento e morte da ex-namorada Eliza Samúdio, em junho de 2010.
Entenda o
caso
A modelo
Eliza Samúdio, namorada do goleiro Bruno Fernandes, segundo a acusação, teria
sido assassinada em junho de 2010, na casa do ex-policial civil Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, Grande BH.
Ela e o filho
recém-nascido, suposto filho do goleiro, teriam sido sequestrados por Luiz
Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio, e trazidos no dia 4
de junho para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH.
A vítima
teria sido mantida em cárcere privado até dia 10, quando teria sido morta fora
dali. O ex-policial é apontado como o executor. A criança foi entregue à
ex-mulher do goleiro, Dayanne de Souza.
Bruno,
Macarrão e Bola aguardam julgamento. Dayanne; a ex-namorada do goleiro,
Fernanda Gomes de Castro; o primo Sérgio; o caseiro Elenilson Vitor da Silva;
Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; e Flávio Caetano de Araújo respondem ao
processo em liberdade.
Segundo o
Ministério Público, Eliza foi morta porque pedia a Bruno, pai de seu bebê, que reconhecesse
a paternidade da criança. Bruno, insatisfeito, teria criado o plano, unindo-se
aos outros denunciados, para matar a ex-namorada. O corpo de Eliza não foi
encontrado. (www.uai.com.br)
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