O juiz
Wagner Cavalieri, da Vara de Execuções Penais de Contagem (MG), deferiu ontem
(29) a progressão de pena para o regime semiaberto e concedeu livramento
condicional ao goleiro Bruno Souza pela condenação relativa a lesão corporal,
cárcere privado e constrangimento ilegal de Eliza Samudio, sua ex-amante. O
goleiro havia sido condenado pela Justiça do Rio de Janeiro em 2010 a quatro
anos e seis meses de prisão pelos crimes que teriam ocorrido em 2009.
No entanto,
o goleiro permanecerá preso na penitenciária de segurança máxima Nelson
Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, por conta de
mandado de prisão preventiva expedido contra ele pelo Tribunal do Júri da
cidade mineira.
Bruno está
preso desde julho de 2010 pela acusação de ter sido o mandante do assassinato
de Eliza Samudio. Sendo assim, ele já cumpriu mais de um sexto da pena imposta
no Rio de Janeiro e somado a um bom comportamento apresentando na prisão e por
ser réu primário à época da condenação, o jogador obteve o direito de pleitear
a progressão da pena.
Segundo a
assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o processo foi
transferido do Rio de Janeiro para Contagem (MG) pelo fato de o réu estar preso
no Estado acusado de um crime de homicídio.
O advogado
Rui Pimenta, que defende o goleiro, aguarda um julgamento de pedido de habeas
corpus impetrado no STF (Supremo Tribunal Federal) para que ele aguarde o julgamento
da acusação de homicídio, ainda sem data definida, em liberdade.
A liminar do
habeas corpus com pedido de soltura do goleiro foi indeferida em dezembro do
ano passado pelo ministro Ayres Brito. Agora, o colegiado do Supremo vai
analisar o mérito do HC, em data indefinida.
De acordo
com Francisco Simim, que defende o goleiro ao lado de Pimenta, a defesa está
aguardando o resultado do julgamento no STF para pedir o desmembramento do
processo sobre o suposto homicídio de Eliza Samudio à Justiça. Segundo Simim, a
intenção é que os defensores tenham mais tempo para fazerem suas explanações
perante o júri popular.
Em casos com
mais de dois réus, explicou o advogado, o Código de Processo Penal
manda acrescer uma hora ao tempo da defesa, que normalmente é de uma hora e
meia, e dividi-lo em partes iguais para todos os réus. No caso do sumiço de Samudio,
são oito réus no total. Com o desmembramento, a defesa espera ter o tempo total
para fazer suas argumentações.
Entenda o
caso
O goleiro
Bruno Souza e sete pessoas vão a júri popular, ainda sem data definida, pela
suposta morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta e que teria tido um filho
com ele. Para a Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais, a modelo
foi morta em junho de 2010, na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos,
o Bola, em Vespasiano, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.
(www.uol.com.br)