Cinquenta e nove trabalhadores eram submetidos a regime
degradante de trabalho, no interior do Pará.
A
Justiça Federal condenou a sete anos e dez meses de prisão o fazendeiro Avelino
de Déa, dono da fazenda São Sebastião, em Itupiranga (PA), por submeter 59
trabalhadores a regime degradante de trabalho. O capataz do local, José
Henrique Vanzetto, também foi condenado a cinco anos e sete meses de prisão,
ambos em regime semiaberto. Ainda cabe recurso da sentença.
Os
59 trabalhadores foram libertados em operação do Grupo Móvel do Ministério do
Trabalho em setembro de 2007. Na fazenda, que tinha 3 mil cabeças de gado, os
trabalhadores foram encontrados limpando terreno para o pasto e construindo
cercas. A maioria das pessoas não possuía carteira de trabalho e os
pagamentos
eram feitos de forma irregular.
Na
decisão, o juiz Cesar Otoni de Matos disse que "os trabalhadores eram
submetidos a condições indignas de trabalho: não havia banheiro no local onde
trabalhavam e pernoitavam (as necessidades fisiológicas deveriam ser feitas no
mato e o banho, tomado no córrego); não havia depósito de lixo; a água para
beber era retirada do córrego, barrenta e com gosto de ferrugem e também
utilizada pelo gado, que nela defecava".
Ainda
faltavam equipamentos de proteção individual, mesmo para quem trabalhava
aplicando venenos, e havia exploração da mão de obra infantil.
http://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/2962135/prisao-de-sete-anos-a-fazendeiro-por-trabalho-escravo
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