Fabricio
da Mata Corrêa
Novo
projeto lei, já aprovado no senado federal e agora levado para votação na
Câmara dos Deputados, visa alterar o Código de Trânsito Brasileiro. Dentre as
mudanças previstas a que mais se destaca é aquela que promete por fim ao grande
problema da obtenção da materialidade para os crimes de direção sob a influencia
de álcool.
Fala-se
que essa é a mais importante das mudanças, não só pelo fato desse ser um desejo
uníssono da sociedade brasileira, bem como por tal anseio possuir base sólida
fundada em dados estatísticos que dão conta do elevado número de acidentes,
inclusive com vítimas fatais, que possuem em comum o fato dos motoristas estarem
embriagados. Tendo isso tal argumento muito bem utilizado como vetor.
O
problema que se criou, é que Hoje, como se sabe, a redação do artigo 306 do
CTB, exige para a configuração do crime não só o fato do motorista estar embriagado,
mas, além disso, esse estado de embriagues precisa ser igual ou superior a 0,6 decigramas
por litro de sangue, ou então, no casos de uso de bafômetro a concentração deve
ser igual ou superior a 0,33 mml da álcool por litro de ar expelido.
Daí
se passou a discuti, se as pessoas seriam ou não obrigadas a se sujeitarem a
tais métodos de verificação. Como posicionamento majoritário no país, tem sido
o entendimento no sentido de que nenhum dos exames possíveis de verificação de álcool
no organismo que dependa da contribuição do suspeito, eles não podem possuir caráter
obrigatório, sob o argumento de que “ninguém é obrigado a produzir prova contra
si mesmo”.
Justamente
por esse motivo que tal mudança tem sido tão esperada, pois agora sim poderá
ser falar em “lei seca”, tendo em vista que não mais exigirá quantidade de álcool
para a configuração do crime, e ainda poderá ser confirmado o estado de
embriagues por vários métodos, que não dependerão da colaboração do suspeito.
De
fato, nesse primeiro momento, não se tem como ter certeza quer as mudanças pretendidas
por esse projeto de lei serão ou não eficazes, e na verdade não se devem, por
enquanto, se criar grandes expectativas, pois conforme já dito, tal projeto foi
para a Câmara onde ainda poderá sofrer alterações, que pela categoria dos
nossos legisladores não se tem como saber o que podem fazer.
Mas
isso são cenas para os próximos capítulos!!!
Mas sem dúvidas já é um grande avanço...
ResponderExcluirEsperemos então que agora funcione. Pois esta impunidade não pode continuar!!!